Em março de 2024 a UE, através do seu Conselho, adotou o ato legislativo europeu sobre matérias-primas críticas perspetivando, para os próximos anos, um aumento exponencial da procura de recursos minerais indispensáveis a uma Transição Energética e ao Desenvolvimento Sustentável.
Em forma de lei, a UE estabeleceu como horizontes prioritários até 2030 a produção (extração nas suas próprias geografias) de pelo menos 10% das suas necessidades em matérias-primas críticas, de conseguir pelo menos 40% do seu processamento e mais de 25% da sua circularidade, a realizar internamente no espaço comunitário. A informação disponível e os estudos realizados indicam a imprescindibilidade das matérias primas críticas em cinco setores estratégicos da UE: energias renováveis, eletromobilidade, indústria, tecnologias da informação e comunicação, setor aeroespacial e da defesa.
Das 34 matérias-primas críticas identificadas pela UE, o Lítio impõe-se como uma matéria-prima estratégica e indispensável à dupla transição, não só da descarbonização do sistema energético europeu, mas também (considerando as potenciais reservas existentes em Portugal e no espaço europeu) para a autonomia geoestratégica da própria UE.
É sobre o Lítio em Portugal, com conversas científica e tecnicamente sustentadas, mas com uma linguagem acessível, serenas nas suas reflexões, mas dinâmicas e proactivas nas suas conclusões, que a Ordem dos Engenheiros de Portugal, através do seu Colégio de Engenharia Geológica e de Minas, promove as conversas informadas sobre o Lítio em Portugal.